Agora sim, sejam bem-vindos, sejam bem-vindas à nossa live do CR_IA sobre como criar seu chatbot com o GPT.
A ideia aqui é a gente criar um assistente virtual usando seus arquivos, usando coisas que você já tem. Eu acho que é um dos grandes futuros da inteligência artificial. Quem já fez o CR_IA sabe que a gente fala bastante sobre isso.
Dois pontos que eu acho que vão mudar bastante daqui para frente, quando a gente fala de inteligência artificial generativa, são:
Primeiro, a IA será mais personalizada para o que você precisa, para os seus arquivos. Ao invés de você entrar no chatbot lá do ChatGPT, por exemplo, que vai falar de coisas gerais, genéricas, a gente vai ter coisas mais personalizadas para o que a gente precisa no dia a dia, tanto para a gente quanto para os nossos clientes, entendendo melhor quem a gente é e o que queremos.
O segundo ponto é a grande importância dos assistentes virtuais. Seja uma forma de você falar com eles, como uma Siri, uma Alexa, ou algum assistente que estará ali para te ajudar a trabalhar, ou vários assistentes que podem te ajudar a trabalhar. Acho que esse é um grande ponto da inteligência artificial que a gente vai trabalhar cada vez mais daqui para frente.
Então vamos começar pelo básico. Eu coloquei no modo focus do meu celular para não ficar aparecendo mensagens aqui.
Os chatbots são, basicamente, chats criados por robôs, onde robôs interagem. A gente já interage o tempo todo com chatbots. Porém, a palavra chatbot traz uma imagem negativa para muita gente, porque quando você tenta falar com o Itaú, Claro ou qualquer empresa, você passa por chatbots que geralmente são muito limitados, burros em termos de inteligência.
Isso acontece porque esses chatbots são baseados numa árvore de regras pré-definidas, ou seja, chatbots de regras. Você desenha todas as regras, e o usuário vai navegando por essa árvore de escolhas — clique 1 para tal, clique 2 para outro, e assim por diante. Essa visão já está ultrapassada.
A inteligência artificial, por sua vez, não funciona nessa lógica de árvore de escolhas. Ela entende a árvore inteira de uma vez, todas as informações e possibilidades, o que é uma diferença enorme no funcionamento dos chatbots.
Muitas empresas já usam essa tecnologia com casos de sucesso gigantes, economizando milhões, porque o que o usuário quer é uma resposta rápida para sua pergunta, não importa se é feita por um humano ou por uma máquina. Se a máquina fizer isso mais rápido e bem, melhor ainda.
Para que podemos usar esses chatbots? Para suporte ao cliente, que é um dos maiores usos. Mas também podemos usar como assistentes pessoais, parte da nossa knowledge base, ou seja, a biblioteca de conhecimento. Se trabalharmos com um cliente que sabe de muita coisa, podemos usar o chatbot para ajudar a lembrar e organizar essa informação.
Podemos também usar para entretenimento, como jogos ou criação de conteúdos internos, no e-commerce para auxiliar no processo de venda, ou na educação, que é um ponto que quero abordar muito no CR_IA. Ainda está em fase de desenvolvimento, mas penso em criar nossa “criatura” em breve, um assistente que ajude no aprendizado de idiomas, inteligência artificial e qualquer coisa que a gente queira aprender, tirando dúvidas no momento e da forma que quisermos.
Quais os benefícios de um chatbot? O primeiro é personalização. Muitos benefícios da IA estão relacionados à personalização, com conteúdo voltado para você e da sua forma. Segundo, corte de custos. A área de serviço ao cliente será bastante impactada, pois IA pode direcionar as pessoas corretamente sem precisar de tantos atendentes humanos.
Outro benefício é a disponibilidade 24/7. A máquina nunca para de trabalhar. Há também a escalabilidade: conseguimos fazer isso para projetos grandes, aumentar produção de conteúdo e consultas rápidas aos dados, sem precisar abrir muitos arquivos ou documentos – é muito mais inteligente.
Agora, o que são os GPTs? São partes dentro do ChatGPT, chatbots criados e treinados a partir de materiais e instruções que você fornece. Dentro do ChatGPT pago ou na versão Enterprise, podemos criar GPTs personalizados.
Vou mostrar exemplos para vocês. Em “Explorar GPTs”, temos diversos GPTs já criados, que podem ser públicos ou privados, pagos ou com propaganda. Tem GPT para criar sites automaticamente, para jogar seu PDF e fazer perguntas, para ajudar a escrever, para criar imagens, para usar Canva e criar layouts, entre outros.
Nem todos são bons, muitos fazem tarefas que são complicadas demais, mas já dá para sentir as possibilidades.
Por exemplo, no GPT para criação de imagem, criado por um usuário, você pode clicar em textos prontos para iniciar a conversa, como “me ajuda a fazer um logo para minha startup de tecnologia”. Ele faz perguntas para entender melhor. Posso dizer “CR_IA Education Platform” para dar uma base.
Outro exemplo, quero criar um carrossel no Canva para Instagram Stories sobre um novo curso de chatbot. O GPT me guia na criação, cria textos e me leva ao Canva com esse layout para editar. Se você der mais instruções e texto, como sempre falamos no CR_IA, o resultado será muito melhor.
Tem também GPTs para MindMaps, diagramas visuais. Por exemplo, criei um MindMap sobre capivaras com características físicas e comportamentais, que posso exportar para keynote e gerar um material interessante.
Dentro da plataforma do CR_IA tem uma aula nova que ensina a criar MindMaps e outros esquemas, usando o ChatGPT para isso.
Pergunta: esses recursos estão disponíveis para quem tem a versão paga do ChatGPT? Sim, tanto para usar quanto para criar GPTs, somente na versão paga.
Eu já falei outras vezes que se você usa ChatGPT o tempo todo, vale a pena pagar, pois o benefício é grande.
Vamos fazer um rápido planejamento para criar o nosso GPT.
Quando pensamos em IA, muitos acreditam que é uma solução mágica para tudo. Mas não é assim. O uso eficaz de IA, principalmente assistentes, pode ser simples, com vários robôs/assistentes virtuais especializados: um só para estratégia, outro para conteúdo, outro para criação de ícones, por exemplo.
Você pode ter vários assistentes virtuais para tarefas específicas, o que gera resultados melhores por serem focados.
Agora, o que quero fazer ao vivo: criei 550 slides com material de aula para um curso de um cliente, e quero transformar todo esse material em algo fácil de acessar para criar novos conteúdos para o CR_IA.
Vamos testar esse grande volume de dados no chatbot para ver se funciona. Talvez não, mas vamos tentar.
Você pode enviar até 20 arquivos para o chatbot. Não precisa mandar todos, porque mais arquivos significam mais processamento para a máquina.
É importante limitar os arquivos ao que é realmente necessário para o seu chatbot.
Além disso, prefiro trabalhar com arquivos em Markdown (.md) ao invés de PDF, pois MD é uma linguagem simples para organizar texto com títulos, listas, etc., usada em Notion e outras ferramentas. Markdown ocupa menos espaço e é mais rápido para processamento.
Tive dificuldades para converter PDF para MD, então vou usar PDF por enquanto, mas recomendo o formato MD.
Meu material tem 529 slides. Separei os arquivos e vamos criar o GPT.
Quando entrar em “Explorar GPTs” no ChatGPT pago, clique em criar chatbot, envie seus arquivos e configure o assistente.
Vou fazer um exemplo: “Quero criar um assistente para aulas do meu curso de inteligência artificial, CR_IA, focado em produtividade e criatividade com IA.”
Esse chat bot tenta entender e criar instruções de acordo. Posso pedir para ele falar em português, ajustar nome, etc.
Ele cria uma descrição do GPT, instruções, conversa inicial, permite subir arquivos, definir capacidades e ações.
Tudo o que configuramos aqui vai refletir no desempenho do GPT.
Por exemplo: posso dizer que ele deve organizar tópicos em possíveis aulas, estruturar conteúdo com base nos meus materiais.
No entanto, se as instruções forem genéricas, como “criação de conteúdo com IA”, o resultado será genérico. Para melhorar, precisamos dar mais contexto, mais informação, para que os prompts sejam claros, avançados e detalhados.
Assim, o chatbot entrega uma estrutura de aula, tópicos, objetivos condizentes com o que foi pedido.
Sempre podemos pedir para preencher lacunas, melhorar respostas.
Importante: o chatbot lê seus arquivos, mas se eles forem muito grandes pode não “ler” tudo por causa de limites de tokens, unidade que o ChatGPT processa.
Por isso, quando enviar arquivos grandes, faça testes para ver se o chatbot está realmente lendo e entendendo as informações.
Se não estiver, divida o material em arquivos menores e faça novos envios.
Exemplo: pedi previsões para IA generativa, e o chatbot não usou as informações que eu tinha colocado no arquivo grande.
Ao enviar um arquivo específico com as previsões, agora ele usou as informações corretamente.
Isso prova a importância de testar e estruturar os documentos.
O ChatGPT pode “fingir” que sabe tudo e não sabe. É preguiçoso, então fique atento.
Continuando, peça ao seu GPT para organizar ideias de aula, com objetivos claros e estrutura definida.
Você também pode solicitar que ele avise quando usar informações criadas e não baseadas nos seus arquivos, usando tags, por exemplo, “font: vozes da minha cabeça”.
Isso ajuda na transparência dos conteúdos.
A Juliana perguntou se valeria a pena criar um GPT em vez de usar apenas prompts padrões. Depende. A vantagem dos GPTs personalizados é que eles mantêm sempre acesso aos seus arquivos e à instrução que você deu, evitando ter que repetir tudo toda hora. Você cria uma base persistente que pode ser usada várias vezes, inclusive compartilhada com colaboradores.
Depois de criado, ele fica disponível na lateral do ChatGPT para você acessar facilmente.
Além disso, você pode, em uma conversa, chamar outros GPTs para participar da interlocução usando @, integrando vários assistentes em uma única conversa.
Isso permite desenvolver ideias, criar conteúdos e transformar conversas complexas em ações.
Falando em ações, no CR_IA você aprende que pode ativar automações usando Zapier, por exemplo. Assim, o ChatGPT pode criar ideias que vão direto para seu Notion, Trello ou outras ferramentas, conectando diferentes plataformas e otimizando processos.
No fim da aula, quero que você crie seu próprio GPT, seja para criação e reciclagem de conteúdo, ideias para tweets, campanhas de e-mail marketing, criação de propostas, e muito mais.
Sobre processos, sim, é possível criar robôs para identificar melhorias, desde que você defina bem quais processos quer analisar e forneça os dados, como tabelas ou CSVs, para a IA interpretar e sugerir melhorias.
Respondendo à Cátia, que perguntou sobre acesso às novas aulas para inscritos antigos no CR_IA: as novas aulas são cobradas separadamente, mas todas as gravações estarão disponíveis na plataforma para os alunos acompanharem.
Uma pergunta da Rana: é possível criar um card no Trello com um ponteiro a partir do ChatGPT? Sim, usando Zapier você conecta o chat ao Trello para fazer isso automaticamente.
Finalizando, vou abrir uma nova turma do CR_IA para inscrições. A lista de espera acabou agora, e quem se inscrever usando o código “vozes da minha cabeça” até meia-noite de hoje terá 10% de desconto.
Na área de membros do CR_IA, além de lives gravadas, você encontra cursos específicos, como método RPG, uso de chat e GPTs, dicas de vídeo, catálogo de prompts, e acesso a eventos ao vivo.
Temos também duas aulas magras introdutórias para te inserir no uso diário da IA, uma aula atual e outra mais prática no dia 29 e no dia 6.
Encerrando essa parte, sobre as capacidades do seu GPT: você pode habilitar criação de imagens, busca na internet, interpretação de códigos e criar ações.
Esse último ponto pode envolver programas externos, como Zapier, para automatizar processos.
Resumindo: crie seu GPT com foco, use seus arquivos relevantes, ajuste suas instruções para um bom prompt, teste bastante e aproveite as integrações com outras plataformas.
Obrigado a todos que mandaram perguntas e participaram. Fiquem à vontade para continuar testando e explorando seu próprio GPT!
Vamos encerrar por aqui para não deixar a gravação muito longa, mas podemos responder mais perguntas depois.
Até breve!