Explore as principais tendências da inteligência artificial para 2025, entendendo como assistentes de voz, integração de APIs, personalização e novos workflows vão impactar o mercado, o trabalho criativo e sua rotina. Aprenda sobre avanços em modelos pequenos, agentes de IA, regulamentação e aplicações em áreas como saúde, finanças e tecnologia, preparando-se para usar a IA de forma prática e eficiente.
E assim, justamente, foi surreal. Eu tinha colocado exatamente isso no slide, porque para a gente estava tudo bem, já esperávamos. Começamos a trabalhar com isso até antes, já sabíamos que ia ter tanta coisa, mas a velocidade é muito doida, em tantos campos diferentes.
Fizemos uma retrospectiva aqui de alguns pontos. Não sei se você lembra, mas lá em março ficamos impressionados com o Sora, que era a promessa da OpenAI de criação de vídeo, e essa promessa só foi colocada em prática anteontem. Agora, que ele foi oficialmente lançado — anunciado em março — chocou menos, porque vimos tantas coisas impressionantes ao longo do ano que estamos ficando, ao mesmo tempo que chocados, menos surpresos, tipo: “Pô, já dava para ouvir isso”.
Para mim, quando vimos isso, lembro que discutimos: parecia impossível, porque as IAs de vídeo estavam muito longe disso. Passaram dois, três meses e lançaram outros, como Runway, Luma, Kling, o que for. Realmente, quando lançaram agora, a gente nem se impressionou mais tanto. É um movimento comum na IA: a gente não se impressionar mais, porque todo mês algo que parecia revolucionário já está sendo replicado.
Exatamente, e aí tivemos algumas outras consolidações, né, Fê?
Exato, eu acho que a popularização dos chatbots, de uma forma geral, aconteceu agora. Antes, quando dávamos aula do CR_IA, perguntávamos: “O que vocês têm usado?” Ninguém, uma ou duas pessoas usavam algum tipo de chatbot, um ChatGPT da vida, mas agora a maior parte das pessoas que fazem aula com a gente, ou que a gente vê por aí, já usam.
Então, isso é uma consolidação deste ano, apesar da tecnologia existir há mais de um ano. Agora é algo visível, até na Globo falando de ChatGPT, como antigamente falavam de Twitter. É interessante ver isso também.
E o que isso significa para o nosso trabalho? O fato de esses chatbots serem multimodais. Todas as ferramentas agora permitem que você não só coloque texto, mas também vídeos, PDFs, planilhas, até as versões gratuitas, o que é novidade deste ano e muda muito a forma da gente trabalhar.
Isso vale até para a criação. Antes era só texto para vídeo, ou texto para imagem, agora é imagem para imagem, imagem para vídeo, é muito mais. Essa mudança é grande.
E isso vai de encontro ao outro ponto: os assistentes de voz estão se tornando realmente funcionais agora. Há bastante tempo existiam assistentes de voz robóticos, mas este ano a gente normalizou o assistente de voz natural. Quando você fala com o assistente de voz do ChatGPT — que está disponível na versão gratuita, é bom lembrar, muitas pessoas acham que não — ele tem uma fluidez na comunicação que a gente não tinha em nenhuma tecnologia antes.
E isso muda muita coisa, como vamos ver agora na apresentação.
Acho que um dos pontos é que ninguém mais quer ouvir falar de inteligência artificial, mas a notícia é que não vai aliviar — o tema vai aumentar cada vez mais. Está tudo bem, mas 2025 será mais intenso. Para quem acompanha de perto, uso uma frase que já falo há tempo: não vai ter época mais tranquila do que essa agora. Não vai ficar mais lento o lançamento de novidades, esse é o momento mais lento que estamos vivendo.
A OpenAI teve uma “opening night” com 12 dias seguidos lançando coisas, prometendo para o primeiro trimestre, então teremos bastante novidade.
Pensando nisso, criamos essas 10 tendências para redefinir 2025.
Exato. Selecionamos alguns movimentos que acreditamos serem os mais interessantes e que talvez afetem mais a nossa vida como um todo. Claro que existem muitas outras coisas, porque a IA vai alterar vários campos, mas falaremos desses.
O primeiro deles é a continuação do que já temos: assistentes de voz que realmente serão úteis no dia a dia. Você usará não só para colocar um timer, mas para tarefas mais complexas.
Um exemplo é a Apple com o Apple Intelligence, que é a Siri muito mais inteligente. Eu tenho acesso usando a Siri configurada para os Estados Unidos — ainda não está disponível totalmente no Brasil, mas teremos maior abertura. Agora, se pergunto “Como funciona um motor?”, ela usa o ChatGPT para responder direto. Outro dia perguntei "Que horas a embaixada de Portugal em Berlim abre?", e ela me deu a informação correta de primeira, pelo ChatGPT com busca integrada.
Realmente começa a ser mais útil.
Um grande exemplo será o que vai acontecer no ano que vem com a Alexa. No meio do ano divulgaram que a Alexa vai usar o Claude como função dela. Isso é uma das melhores notícias recentes, porque a Alexa é conectada a muitos dispositivos, mas não é inteligente o suficiente, assim como a Siri.
Ter o Claude para falar com a Alexa para tudo vai ser demais, principalmente se evoluírem para controlar dispositivos.
Tem até um robôzinho chamado Luna, que eu até fiz um vídeo, que tem o ChatGPT, mas o ChatGPT não o controla — é meio bizarro. Quando você usa o ChatGPT, o robô para; ele fica estático, como uma caixa de som. Acho que o cloud controlará isso de fato para você.
Essa é uma das maiores dificuldades em conectar coisas em casa: a integração. Se o cloud fizer isso para você, será genial.
Exato. Tipo: sempre que eu entrar em casa você toca uma música tal, e já conecta todas as informações com os diferentes dispositivos.
Muito disso vem da melhora no processamento de linguagem natural. Agora as IAs entendem melhor quando você fala rápido, com sotaques, do jeito comum de falar. Muitas vezes a IA ainda não entendia, mas isso melhorou e vai melhorar ainda mais.
Segundo o TechJerry, até o final de 2025 existirão 8 bilhões de assistentes de voz. Imagine isso! Claro que isso inclui uso em celular, entre outros.
Aliás, vocês usam assistentes de voz? Siri, Alexa? Comentem aqui no chat para sabermos quem está assistindo e participando.
Estou ansioso para essa interação ficar muito mais fácil, para a IA ajudar a fazer coisas como “resolve esse keynote para mim, deixa a apresentação bonita”. Vai saber para onde vamos daqui a pouco.
Relacionado às tecnologias por trás, acho que os negócios mais integrados com IA vão crescer por causa dessa facilidade de integração que temos agora, já que todas as ferramentas de IA têm API — algo que não existia no começo do ano.
API é a forma de conectar ferramentas com outras redes ou sistemas. Antes não tinha, agora tem, então vai ficar muito mais fácil.
Isso traz outro ponto que discutimos muito: a personalização sendo obrigatória para os negócios. Temos trabalhado com clientes em consultoria de futurismo, e a personalização é chave. Agora podemos fazer coisas antes impossíveis.
Exato. Vemos muita personalização em e-commerce e serviços, de Amazon a Netflix, mas aqui falamos de algo muito mais profundo. Imagina entrar numa plataforma e ter um texto escrito especialmente para você, uma imagem que conecta melhor com você.
Isso vai acelerar a personalização de tudo, desde sutilezas em plataformas até programação audiovisual específica, com imagens que se conectam ao seu perfil, muito além do algoritmo tradicional.
É tipo aquela série da Netflix em que você escolhe o final, que agora é possível. A tecnologia existe, e dá para o final ser escolhido automaticamente com base nos seus hábitos na plataforma, criando um conteúdo só para você.
Talvez criar uma série inteira seja exagero, mas trocar a trilha sonora de uma cena para algo mais adequado já é possível e relativamente fácil de fazer com IA — considerando que cada um tem uma experiência individual e as empresas vão replicar isso.
Outra coisa interessante são os modelos SLM (Small Language Models). Falamos muito dos LLMs (Large Language Models), como o ChatGPT, mas os SLMs são modelos mais baratos, fáceis de integrar em negócios, porque o custo não é alto. O ChatGPT tem versão mini, o Claude tem a versão Haiku, que já cumprem essas funções com menos processamento e custo.
Isso facilita muito o contato e a integração dentro dos negócios. Temos planos de lançar uma landing page do CR_IA que se altera conforme perguntas feitas a você, personalizada. Ainda estamos desenvolvendo isso. Enfim.
A IA vai entrar de verdade nos processos criativos. Paulo, imagino que você esteja ansioso para isso.
Sim, essa é uma das partes mais animadoras, especialmente para quem trabalha na indústria criativa. Já temos muitas coisas acontecendo, com agências e institutos de design usando muito machine learning, áreas de estratégia e projetos usando muito ChatGPT, mas vamos ter uma integração maior.
Hoje já temos muita coisa em AI no Photoshop, CapCut, Canva, mas será ainda mais. Todas as plataformas que usamos vão integrar IA. Se você usa Word, já tem o Copilot para ajudar a escrever melhor, e ele vai ficar melhor. Se usa Canva para criar, terá assistentes de design para ajustar coisas para você.
Quem não usa Canva porque não sabe design vai conseguir usar, pois terá mais IA integrada; o mesmo para Photoshop. Isso vai ampliar a criação de conteúdo.
Falamos de IA para criação desde que o CR_IA foi lançado, há dois anos. Paulo fala disso há mais de ano, mas muitas vezes a IA ainda é vista como curiosidade. Agora a galera vai se acostumar mais com isso nos processos e ter isso na rotina, porque a IA vai realmente invadir a criação de conteúdo.
Não será mais algo surpreendente dizer: “Estou usando IA para fazer esse vídeo”. Será natural. Tem a campanha do Fiverr que diz: ninguém se importa se você usa IA, se o conteúdo é bom, está ótimo. Às vezes tem IA, às vezes não.
Vamos ver muito conteúdo gerado com IA, às vezes descaradamente, mas muita gente vai usar IA em processos sem que quem assiste saiba que foi usada — seja no roteiro, legenda, efeitos. Isso é algo que podemos esperar muito em 2025.
Quem cria conteúdo e estiver ligado nisso sai na frente, usando as ferramentas antes. Isso é algo que vemos muito nos nossos alunos.
Exato: usar IA no dia a dia, no processo. Outra coisa ligada aos processos criativos são os novos workflows criativos. Em 2025 veremos a popularização de ferramentas que automatizam workflows de IA.
Tem o Conf, uma ferramenta complexa que conecta IA uma com a outra. Também temos Kyber e Scade, que permitem criar workflows com IA. Nunca falamos disso no CR_IA. Já mencionamos em fóruns específicos, são ferramentas avançadas que conectam IAs para fazer tarefas específicas.
Por exemplo: você coloca uma mensagem, o ChatGPT transforma em prompt de imagem, outro gera imagem, outro cria vídeo, tudo automatizado. A gente trouxe dois exemplos aqui: a partir de uma foto, criar animação. Parece simples, mas não é — é complexo. Por trás disso, passaram várias IAs para o usuário fazer isso com um clique.
Outro exemplo é o vestido: pegar um produto novo, pensar em uma marca de roupas, substituir o produto anterior, recortar a foto, aplicar brilho, colocar numa modelo.
Hoje a gente sabe fazer, principalmente criadores, mas precisa passar por várias IAs para viabilizar: recortar com uma IA, usar Midjourney para imagem, plug-ins para melhorar qualidade. Essas ferramentas de automação e conexão vão ficar mais populares, pois hoje ainda não são simples, mas estão ficando.
Principalmente no primeiro semestre veremos simplificação desses fluxos, inclusive com linguagem natural. Eu estou ansioso para poder criar workflows com áudio dizendo o que quero e ver as conexões sendo montadas automaticamente. Quem fizer primeiro isso terá grande vantagem.
Sim, e é muito sobre essa automação, conseguir automatizar o processo todo conectando diversas ferramentas. Você pode até ter um site de e-commerce com suas roupas, e ele automaticamente aplicar seus modelos diferentes para você. Voltando à personalização, pode usar a foto do cliente e aplicar os vestidos para ele ver como fica.
Já é possível tudo isso. Queremos fazer a aula disso em janeiro ou fevereiro no CR_IA. Estamos só esperando para deixar mais fácil, mas vem aí.
Outro ponto relacionado é a inteligência artificial em celulares e IoTs (Internet of Things). Hoje a maior parte do processamento de IA acontece na nuvem, o que demanda tempo e custo com hospedagem. Mas agora vemos laptops e celulares sendo vendidos com poder de processamento de IA nativo.
Tem dados que indicam que até 2028 serão vendidos 900 milhões de smartphones com funções de IA. Se a Apple lança celulares com mais processamento de IA embutido, já muda tudo. A Deloitte prevê que 30% dos celulares e 50% dos laptops vendidos em 2025 terão capacidade de processamento de IA integrada.
Isso faz uma grande diferença na prática. Significa que funções de IA vão acontecer dentro do dispositivo, sem mandarem dados para a nuvem, sendo mais rápido e barato.
Por exemplo, hoje a única função de IA que uso no celular é transcrição de áudio com o Hello Transcribe, que usa o Whisper. A transcrição fica mais rápida, e não preciso me preocupar para onde o áudio está indo. Com isso rodando localmente, isso abre a possibilidade de funcionar offline, sem internet.
Também abre várias novas funções para celular. Isso é interessante de acompanhar. Além disso, otimiza custos, pois usar hardware local sobrecarrega menos os serviços na nuvem.
Exato. E todos os sistemas, chat, cloud, lançaram aplicativos para celular, porque antes muita coisa só podia ser feita no desktop.
Ao levar essas funções para celular, permite que muita gente que cria conteúdo sem laptop consiga usar facilmente.
Outro ponto ligado é que a inteligência artificial estará base de outros campos. Falamos muito de IA generativa aplicada a comunicação, marketing, produtividade, mas o que está acontecendo em outros campos é surreal. Será cada vez mais claro.
Por exemplo, IA em segurança. IA já é usada por hackers para golpes, invasão de sistemas, então também é necessária para garantir segurança.
Na saúde, mudanças significativas vão ocorrer em 2025. Vamos ver desde autodiagnósticos que direcionam você ao médico certo, fazendo pré-seleção de informações, até modelos preditivos treinados, usando o formato do ChatGPT. Um exemplo que adoramos no CR_IA é a IA que consegue prever câncer de mama quatro anos antes de seu aparecimento, usando lógica similar ao ChatGPT. Isso vai mudar muito nossa forma de lidar e ver a saúde, com IA integrada.
No sistema financeiro, só falando de três pontos, é um dos campos que mais pode evoluir. No livro Nexus do Yuval Harari, ele fala que IA é ótima com números, e o sistema financeiro é basicamente números. Trazer IA para o sistema financeiro será interessantíssimo.
Além disso, não depender tanto das instituições financeiras, tendo grandes assistentes financeiros para nós, quero ver lançamento de agentes específicos e treinamentos de ChatGPT e Claude para isso.
Agora, voltando aqui... Caiu a conexão, mas a galera volta com o tempo. Isso daqui não é feito pela IA, por isso dá esses problemas. Vida que segue.
Voltando ao assunto, infelizmente o Paulo não está com a gente agora, mas a IA no sistema financeiro — que é a base de números — vai mudar muita coisa. Vamos ver IA para análise de crédito, entre outras funções.Estou meio triste de fazer o resto sem ele, mas vou precisar do apoio de vocês nos comentários, me animando.
Enfim. Outro ponto importante para termos em mente: a regulamentação da inteligência artificial será um tema central.
No CR_IA repetimos muito: não dá para falar de IA sem mencionar regulamentação, porque ignorar isso seria antiético e uma forma de não entender para onde o mundo está indo. Muita gente reclama que o Sora não está disponível na União Europeia por causa das regulamentações, e que isso prejudica a inovação.
Eu acho o contrário. Para levar a IA a sério, precisamos da regulamentação ditando algumas regras. Vemos isso nos movimentos da União Europeia e até no Brasil. Na União Europeia, há o AIACT — que será muito falado em 2025 e será tópico forte para discutir o uso da IA de forma sustentável.
Isso inclui também a preocupação com o quanto a IA gasta de recursos, como energia e água, ao usar modelos como ChatGPT. A regulamentação também é chave para entender a dinâmica da IA nas empresas, promovendo transparência. Fiquem atentos, será muito falado no CR_IA e em todos os noticiários.
Ótimo ponto: A IA está assumindo o controle. E isso significa, por exemplo, o cloud controlando o computador. Alguns alunos do CR_IA já devem ter visto esse exemplo. Vou até diminuir aqui para narrar: o Claude tem função para controlar o computador. Você dá uma ordem: “Preencha esse formulário com as informações desta tabela”.
Ele procura as informações na tabela e faz tudo sozinho. Se não tem, procura em outro sistema, como CRM. Tudo é feito pelo Claude, que controla o computador enviando dados para o formulário.
Veremos cada vez mais ferramentas trabalhando assim, “controle do computador” para tarefas automáticas, trabalhando “por você”. Finalmente teremos esse futuro.
Isabela perguntou se as assinaturas de IA vão ficar mais baratas no Brasil. Acho que não; é capaz até de ficar mais caro. Por exemplo, o ChatGPT lançou a versão Pro, por 200 dólares ao mês, contra 20 dólares da versão básica — por ter novas funções.
Então, dois caminhos: modelos mais baratos, com acesso limitado, ou mais caros, pela função avançada. Você poderá escolher o que usar, mas não espere uma queda generalizada de preços. Quanto mais pessoas dependem do serviço, maior o monopólio.
Aqui, nos modelos da IA assumindo o controle, um grande ponto são os agentes de inteligência artificial. Esse será o tema do ano que vem. Vocês vão ouvir muito falar de agentes de IA em 2025. Eles mudam a inteligência artificial generativa. Tem uma matéria ótima da NVIDIA que vamos disponibilizar, com links para alunos, na plataforma.
Esses agentes serão capazes de:
Logo, o ChatGPT vai lançar versão para você colocar integrado no computador, entendendo o contexto do que está na tela. A Apple Intelligence já prometeu algo assim para iPhone. Eles também são capazes de se autoassinar, dentro dos limites da inteligência artificial.
O modelo de linguagem atua como orquestrador, entendendo tarefas, gerando soluções e coordenando modelos especializados. Usam técnicas como HAG para acessar dados e gerar respostas precisas. Basicamente, ele percebe o contexto, entende o que fazer e quais habilidades tem para tarefas, conectando ferramentas.
Por exemplo, ao ver um formulário, sabe onde acessar os dados e preenche sozinho. Os agentes executam tarefas baseados em planos, usam barreiras de segurança e envolvem humanos quando necessário.
Agora, o ChatGPT te dá a resposta; depois, agentes vão fazer ações por você. Por exemplo: tirar o fundo de muitas imagens. Você pode fazer action no Photoshop, mas pode também ensinar o computador a fazer isso sozinho, repetidas vezes. Eles aprendem continuamente com feedback das interações, melhorando com o tempo. Hoje ainda é um pouco lento: às vezes erra o clique, tenta de novo, mas vai evoluir.
Oitavo ponto, reforçando: vocês vão ouvir muito isso em 2025 e vai mudar a forma de trabalhar com IA. Modelos de personalização. Sua cara, jeito de falar, agir, escrever, tudo será usado para alimentar a IA e criar clones digitais seus, ou de outras pessoas — o que pode ser assustador se usado errado.
Um exemplo são os LORAS (Low Rank Adaptation of Large Language Models), que são formas de treinar modelos com pouca informação. Você manda 10 fotos do Paulo e consegue fazer um vídeo como esse. Ou usar seu rosto para criar imagens com IA.
Esse conteúdo exclusivo do CR_IA, com o Paulo e a Giovanna Tonnelli, mostra isso. A intenção é usar IA para imaginar versões alternativas, personagens que ainda não foram feitos. Exemplos: gêmeas, quadrigêmeas, ginasta — personagens específicas. Com pouco áudio, de 5 minutos por exemplo, já dá para clonar uma voz, algo que vai ficar cada vez mais fácil. Teremos mais personalização nos modelos, inclusive para texto, clonar a forma de escrever tweets, por exemplo.
Outro ponto importante: modelos 3D. No último semestre vimos muita coisa acontecer em 3D. A IA vai invadir o espaço do 3D, audiovisual e games em geral. Já temos startups trabalhando com animação, motion, criação de modelos. Você pode pedir uma escultura 3D e gerar modelos para jogos, arquitetura, decoração, engenharia — há vários campos de aplicação.
Além disso, imagens no Midjourney gerando aquele efeito 2D “com cara de 3D” e criar 3D a partir delas. Com esses modelos de 3D e fluxos de trabalho, será cada vez mais popular e fácil criar vídeos que façam sentido para sua marca e tenham melhor controle do resultado final. Temos um exemplo de workflow 3D para explorar no CR_IA no próximo ano. Hoje criamos imagens com IA, coisas que antes não faríamos; agora vamos criar 3D com workflows muito mais fáceis.
Por fim, algo que será muito interessante mas talvez não em 2025 — vamos ouvir falar mais — é a construção de mundos com IA. Isso é aplicado para jogos, como o World Labs. Você dá um prompt, e ele cria um mundo inteiro relacionado ao prompt, onde você pode navegar. À medida que explora, o sistema carrega novas partes, como mundos infinitos em Zelda. Isso muda como jogos serão criados, mais por prompts, inclusive em tempo real, criando universos para o usuário.
Aqui temos outro exemplo do Google Genie: a partir de um prompt ele cria um jogo completo, com sistema, telas, boneco — tudo gerado sozinho em tempo real, sem programação prévia. É uma tecnologia surreal. Essa construção de mundos será muito falada em 2025 mas acredito que o uso em tempo real será mais em 2026.
Essas foram as dez tendências para 2025.
Elas vão mudar a forma de trabalhar e de ver tudo isso.
Só voltando: a construção de mundos em IA, o uso do 3D, personalização que permite criar coisas com pouco treinamento, IA assumindo o controle com agentes, regulamentação, IA na base de vários campos (segurança, saúde, finanças), IA mais presente em celulares, processos criativos usando IA, integrações mais profundas nos negócios e assistentes de voz úteis.
Esses são os 10 tópicos que acreditamos serem essenciais para 2025 e anos seguintes.
Além disso, queria destacar duas outras coisas para ficar de olho. Primeiro: inteligência artificial em sistemas autônomos e robóticos. Já existem robôs controlados por IA, como os da Tesla, que mostram um pouco do que vem por aí. Mas acredito que essa evolução será mais para frente, não tanto já em 2025.
Segundo: Quantum AI. O Google, na segunda-feira passada, apresentou um microprocessador quântico capaz de realizar em cinco minutos tarefas que um computador comum levaria 100 trilhões de anos. Isso, aplicado à IA no futuro, é um tópico essencial e relevante.
Mas ainda estamos caminhando nisso. Para futurismo, é algo para ficar atento, mas não será tema forte já em 2025. Agora, o que fazer com tudo isso?
Acho que manter a sede de conhecimento e curiosidade. Pesquisar como essas tendências vão impactar nosso dia a dia. Como sempre falamos no CR_IA, queremos trazer tudo isso para nossa visão do curso e transformar em aulas conforme essas novidades forem surgindo.
Espero que tenham gostado desta aula. Foi um pouco confusa, tivemos que dividir em duas partes, mas espero que tenha sido interessante para vocês.
Obrigado pela participação de todos, e a gente se vê!