Bora aprender a usar o Visual Electric, uma poderosa ferramenta de criação de imagem e de visual. Hoje, no meu workflow, eu basicamente uso três IAs para criar imagens: ChatGPT, Midjourney e Visual Electric. Já testei todas essas que você deve ter ouvido falar, e de fato acredito que essas três são as mais importantes para você conseguir chegar a um resultado profissional.
Mas bora lá, explorar, criar nossas primeiras imagens e entender o básico dessa plataforma. Estamos aqui na home do meu Visual Electric. E de cara ele já é bem diferente do Midjourney e do ChatGPT porque ele trabalha nesse formato de canvas, e aqui eu vou criar um canvas novo para a gente dar os nossos primeiros passos. Quem já utiliza algum software da Adobe, como Illustrator, vai ter bastante familiaridade, porque ele tem essa interface aberta e, nessa caixinha aqui, vamos colocar o nosso prompt, que vai ser o nosso gatinho surfista, que já trabalhamos em outras aulas.
De cara você vê algo bem diferente do ChatGPT e do Midjourney, que é a possibilidade de escolher qual modelo você vai utilizar. Hoje, o Visual Electric evoluiu para um formato onde ele agrega diversos modelos, tanto de imagem quanto de vídeo. Aqui, na parte de imagem, você pode criar usando o GPT, o Imagen 4, que é do Google, o Imagen 3, que é uma versão anterior, o Ideogram, que eu gosto bastante, o Flux Pro e o Flux Ultra. Tenho certeza que eles vão adicionar cada vez mais modelos de imagem.
Você pode criar utilizando o prompt de maneira tradicional, como a gente vai fazer aqui, ou pode também utilizar no modo chat, que é basicamente uma conversa muito semelhante ao ChatGPT, só que bem mais rápido e ele vai te fazendo perguntas para refinar seu estilo. Então, se você não tem nenhuma experiência na criação de imagem e quer ser assessorado por uma IA, o modo chat pode ser uma boa para você.
Aqui vamos ver um workflow onde a gente simplesmente coloca o prompt, você seleciona aqui e testa diversos modelos para ver a diferença. Vamos criar aqui uma imagem com o ChatGPT, uma imagem com o Imagen 4, uma com o Ideogram e outra com o Flux Ultra. Ele vai criando aqui nesse formato de canvas, que você pode ir organizando da maneira que preferir, o que pode ser legal para o seu processo criativo. Ele está gerando as imagens numa velocidade bem rápida, mais rápida do que o próprio ChatGPT, mesmo usando o modelo do GPT.
Aqui estão as nossas três imagens do nosso Gatinho Surfista. ChatGPT, boa entrega, gostei já. Imagen 4, achei péssimo, olha só esse olho aqui, muito ruim, com cara de IA impossível, né? O Ideogram estilizou bastante a nossa imagem e o Flux Ultra… O legal é que, já na saída, você consegue entender o tipo de modelo que faz mais sentido para a imagem que você quer criar.
Outra coisa muito legal são os presets que o Visual Electric tem. Aqui está nossa caixinha de prompt, e eu gerei a lá standard, digamos assim, vou deixar no GPT image, que trouxe a melhor qualidade para a gente. Clicando nesse “plus” você pode escolher algumas referências, que seriam meio que presets de estilo. Por exemplo, criar aquela mesma imagem, só que num formato anime. Eu vou tirar o "foto" do prompt para não confundir, porque estou colocando o estilo de anime e pedindo foto, o que não faz muito sentido. Vamos colocar para rodar aqui e testar outras ideias.
Isso aqui é um formato de ilustração, aqui um formato hardflash, e aqui motion blur. Mesmo esquema: se você usar o scroll do mouse ou zoom in e zoom out, consegue navegar nas possibilidades. Aqui temos o mesmo prompt em quatro estilos completamente diferentes: estilo anime, estilo mainfisillustration, estilo hardflash e estilo motion blur. Eles chamam de reference, mas acho mais fácil entender como estilos, que é exatamente o que são. Ou seja, o Visual Electric já deixa presetados diversos tipos de visuais que você consegue facilmente usar para fazer algo legal. Eles têm um time de curadoria muito bom, o que ajuda bastante, principalmente se você estiver dando seus primeiros passos.
Se você já é alguém mais experiente, consegue testar vários estilos com bastante agilidade, o que pode ajudar a trazer unidade para suas criações.
Agora, com uma imagem já criada, você pode clicar nela e tem uma série de parâmetros que pode ajustar. Primeiro, tem o prompt que você já colocou; depois a parte de direção de arte, que é a possibilidade de utilizar o Flux Contax, que é uma ferramenta poderosa para alterar suas imagens. Vamos fazer um exemplo aqui. A imagem deve ser noturna, e vou pedir algo mais maluco. Zoom out, mostre a praia toda com o gato bem pequeno.
Estou colocando esses prompts ruins justamente para a gente entender como a plataforma é capaz de ser criativa a partir de um direcionamento simples. Uma coisa que conseguimos perceber é que cada vez mais as plataformas estão ficando mais fáceis, embora muita gente queira vender uma super complexidade. A realidade é que testando instruções simples, com plataformas boas como Visual Electric, Midjourney e ChatGPT, você tende a conseguir bons resultados, que é o que estamos vendo aqui.
A foto noturna deu super certo, ficou até mais legal. A praia toda deu mais ou menos, porque não abriu tanto no meu; acabei querendo fazer um super zoom out, mas ele conseguiu mostrar a praia toda. Para essa ideia de zoom out, o ideal seria usar uma outra ferramenta que tem aqui, que é o reframe, logo abaixo do ar-director. Você vai em reframe, que é autoexplicativa: você já visualiza o que vai acontecer, que é aumentar a área da sua imagem. Vou aumentar bastante e botar para gerar.
Toda geração que você faz, como vocês viram, tem um custo, que é o custo de um volt. Essa é a moeda do Visual Electric. Cada conta te dá direito a um número de volts; a conta gratuita dá direito a 20, e as contas pagas eu vou mostrar ali no final como funciona essa moeda. Tudo que você fizer vai ter um custo diferente, dependendo da plataforma que utilizar, principalmente na parte de vídeo, onde isso fica bem evidente.
Aqui está a nossa imagem no resize, bem legal. A qualidade é média porque você tem que fazer o upscale. Para eles serem rápidos assim, não ficam gerando imagem em 4K de imediato. O upscale também está aqui na barra lateral. Você clicar em upscale e pode aumentar duas vezes, quatro vezes ou seis vezes a diferença. No custo, para aumentar 2 vezes é 2 volts, para aumentar 4 vezes também é 2 volts, para 6 vezes, 2 volts. Isso é muito bom. Aqui você pode escolher o tipo de upscale que quer: padrão, se a imagem está em pouquíssima resolução (que é importante porque é um tipo de upscale diferente), super fidelidade ou ilustração. Vou colocar padrão e mandar gerar.
Enquanto ele gera a imagem grande, vamos explorar os outros parâmetros da ferramenta. Aqui você pode criar variações da sua imagem. Nesse bloco de variações, você pode alterar o prompt, ou manter o mesmo e definir o nível de criatividade que quer, que é como a variação vai ser. Antes de gerar, você pode clicar na setinha e escolher quantas imagens vai gerar de uma vez. Você pode gerar mais variações, vou colocar três e mandar gerar. Ele vai gerando nesse formato de canvas; aqui está o nosso prompt e o nosso upscale.
A imagem que estava desse tamanho, fizemos um upscale de 6 vezes, então ficou bem grande, e tudo vai ficando organizado aqui. Vai um pouco de gosto: tem gente que gosta desse formato, tem gente que acha meio bagunçado. Aqui estão as nossas variações. A partir dessa imagem base, criamos todas essas variações. Ele foi mudando um pouco, porque é sempre legal quando você chega nessa ideia e acha que está faltando ou quer alterar alguma coisa sutil, o modo de variação é bem legal.
Outra função que o Visual Electric tem é a possibilidade de fazer pequenos ajustes na sua imagem, quase como um Photoshop básico ou Lightroom. Você pode ajustar exposição, contraste e outros. Aqui temos a base de todo aplicativo de correção de cor. Quer, por exemplo, aumentar o contraste da imagem? Pode fazer isso direto aqui, ou diminuir. Pode mexer na claridade, que é colocar um grão, um ruído, aumentar a exposição... São pequenos ajustes que hoje, quando você está criando no ChatGPT, Midjourney ou Ideogram, tem que pegar a imagem e levar para o Photoshop.
No Visual Electric, você consegue fazer praticamente tudo. Desde a última atualização, você também pode gerar vídeos com seu Visual Electric. Clicando na sua imagem, você vai em vídeo e escolhe o modelo que quer usar: VEO3 do Google, o melhor e mais caro; VEO2; Kling 1.6 Pro; Runway Gen-4; e o Luma.
Isso está mudando o tempo todo, eles estão adicionando modelos e testando, mas o Visual Electric está se tornando um marketplace, um portal de IAs com diversos modelos de imagens e agora vários modelos de vídeos. Aqui, toda vez que você coloca na sua imagem, sabe quanto custa. Para gerar um vídeo no VEO3, são 96 volts, quase o custo de 100 imagens. Tem que ter isso em mente. Usando um modelo mais barato, como Kling 1.6, custa 30 volts, e o Luma, 18 volts. O legal do Luma é que você pode colocar start frame e end frame, para definir como o vídeo deve começar e terminar, o que é ótimo para transições ou para ter mais controle da cena.
Você também pode ajustar a duração do vídeo; 5 segundos será mais barato. Vou selecionar aqui o Kling 1.6, 5 segundos, 15 volts. Vamos gerar. Ele também usa o formato de canvas, deixando os vídeos organizadinhos. O vídeo está sendo gerado; quando aparece transparente assim, significa que ainda está sendo feito. Aqui está o vídeo do nosso gatinho surfista no Kling 1.6 Pro, que não é a versão mais recente, mas já tem um resultado legalzinho.
Outra coisa legal do Visual Electric é a possibilidade de edição, muito parecida com o Midjourney. Você pode arrastar e jogar uma imagem, que ele já cola aqui. Isso é bem legal. Qualquer coisa que copiar e colar aqui, vai funcionar e ser colocado no seu canvas. Se pegar um logo, tipo PNG transparente, ele vai conseguir colocar aqui, por exemplo, em cima de um layout para testar. Muito semelhante aos softwares da Adobe.
Outra coisa legal é que tudo que você copia e cola aqui, como essa minha foto, o Visual Electric já traz um prompt. Isso é ótimo porque ajuda a aprender prompt de outras imagens. Se tem uma referência que quer usar, copia e cola aqui, que ele instantaneamente dá um prompt para gerar uma imagem semelhante. Aqui nas edições, você pode fazer basicamente tudo que vimos até agora, como reframe, para aumentar sua imagem e torná-la horizontal.
Mandei gerar três variações de uma vez, porque estava configurado para isso. Ele vai fazer três versões da minha imagem na horizontal. Já gerou a expansão. A ferramenta de expansão do Visual Electric é muito boa; ele já fez aqui três versões que precisavam, e essa imagem está funcionando melhor em widescreen.
Posso criar imagens completamente diferentes usando meu prompt base e a função remix. Aqui está o prompt base; clicando nesse plus, você escolhe diferentes estilos. Vou para uma linha de ilustração, por exemplo, flat design, seleciono o GPT image, que acho o melhor no momento, e coloco para gerar. Vou aproveitar para testar outros estilos para a gente ver.
Esse "Stipple ink" é bem legal, e aí ele vai aglomerando os estilos, o que eu acho meio confuso, mas você pode deletar e colocar para gerar. Mais uma, o estilo de bonequinho de lã. Aqui estão as variações, além daquelas três que fiz antes. Uma está terminando de fazer e olha só que legal a qualidade e a consistência da ideia. Claro que o traço muda completamente porque foi isso que colocamos, e consequentemente, meu rosto também. Alguns ficam parecendo mais comigo, como o de lã, outros nem tanto, porque falta mais informação no prompt. Sem dúvida, essa é uma das funções que mais gosto no Visual Electric, porque ele traz essa exploração de estilo.
Você tem uma ideia do que quer fazer e não tem tanto conhecimento técnico para colocar isso nos prompts, ou simplesmente não tem tempo, porque aqui é muito rápido. Você coloca seu prompt base e testa os diferentes estilos. O legal desses estilos é que podem te trazer unidade, por exemplo, se vai trabalhar com imagens para vídeos ou para uma marca específica, escolher um desses estilos como referência certamente ajuda a manter unidade.
Lembrando que você também pode criar um estilo de referência seu, adicionando uma imagem como um modificador de estilo.
Se você tem uma criação ou um guide, pode adicionar aqui, ou clicando no plus, pode criar um estilo maior, compondo várias imagens como um mood board ou um direcionamento de guide, que ajuda bastante a ter consistência, qualidade e até para quem trabalha com diferentes pessoas que precisam seguir um mesmo visual. É uma funcionalidade bem interessante.
Essa é a visão geral para começar a criar imagens no Visual Electric. Como falei, é um formato de canvas; vai de estilo. Tem gente que gosta, tem quem não goste tanto, mas acho que pode ser bem legal para você ter essa visão geral e explorar a criatividade. Se for mostrar o projeto para um cliente ou para uma equipe, toda vez que mostro para alguém esse formato de canvas mostrando o processo criativo a pessoa acha muito legal.
Para fechar, queria mostrar duas áreas bem legais que tem aqui no aplicativo. Na home, você pode ir em Inspo, onde tem uma curadoria muito boa do time de designers do Visual Electric, e você pode simplesmente se inspirar visualmente. Mais do que isso, pode se inspirar pegando o prompt que aquela pessoa usou. Quando clica na imagem, você vê o prompt inteiro e pode a partir daí usar todas as funções que vimos: retaxio, variação, vídeo, etc. É uma forma legal de você ficar ligado na comunidade, aprender com quem está criando e publicando conteúdo selecionado pelo Visual Electric.
Outra função é o What's New, que é basicamente um feed de coisas novas. As plataformas estão mudando o tempo todo. Um jeito de se manter muito ligado é vendo o que eles mesmos estão publicando, porque ninguém está mais preocupado do que eles com você entender as mudanças e novas funções da plataforma. Eles fazem isso muito bem nesse feedzinho.
E é isso! Espero que você tenha curtido o Visual Electric. É uma ferramenta poderosa, vale a pena explorar, ficar ligado na parte de inspiração e também nas outras aulas que a gente tem aqui de criação de imagem, que sempre vão te ajudar a usar melhor as plataformas.